quarta-feira, 27 de abril de 2011

REALISMO

       A época do Realismo entre nós começa em 1881, com a publicação dO Mulato, de Aluísio de Azevedo. E descreve uma linha senóide cujo ponto mais alto se localiza na década seguinte, quando entra a mesclar-se com o Simbolismo. A partir de 1902, com o aparecimento de Canaã, de Graça Aranha, a renovação realista mergulha em franco declínio, até que em 1922 se instala o Modernismo, com a Semana de Arte Moderna, em São Paulo. Durante sua vigência, a estética realista (e a naturalista, que lhe está estreitamente conectada) apresentou três facetas principais: a prosa realista e naturalista, representada por Aluísio Azevedo, Inglês de Souza, Domingos Olímpio, Adolfo Caminha, Coelho Neto, Afonso Arinos, Machado de Assis, Raul Pompéia; a poesia parnasiana, representada por Olavo Bilac, Raimundo Correia, Alberto de Oliveira, Vicente de Carvalho; o teatro de costumes, representado por Artur Azevedo. Se a época romântica presenciou o despontar de um grupo de poetas e prosadores de fibra, o Realismo foi bem mais longe, graças a uma esplêndida floração de talentos onde pontifica Machado de Assis, ainda hoje a maior expressão de nossas letras. Com a reforma realista, a Literatura Brasileira principia vigorosamente seu processo de maturação, que alcançaria o ápice três decênios mais tarde, na revolução modernista.

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